Parte 1 – A amamentação no Brasil em tempos de pandemia

Uma dúvida muito frequente durante a pandemia é a relação entre Covid-19 e amamentação.  Esta dúvida teve um aumento repentino nos últimos 12 meses no Google do Brasil (agosto de 2020 a agosto de 2021). Afinal, qual a relação entre a vacina de Covid-19 e o leite materno? A resposta é simples: proteção. Pesquisas já comprovaram que uma forma natural da mãe proteger seus filhos é a amamentação, pois o ato de amamentar envia anticorpos da mãe para a criança.

Um estudo do Hospital das Clínicas, da Faculdade de Medicina da USP, revela a existência de anticorpos no leite das lactantes que tomaram a vacina Coronavac. Ainda segundo o Hospital das Clínicas, outros estudos com a mesma temática estão em andamento no mundo. Foram encontrados anticorpos nos leites das lactantes que receberam as vacinas Pfizer, Moderna e Astrazeneca.

Outro tema muito pesquisado no Google no último ano é: “Covid amamentação”. Quais são os riscos da doença para a criança? Segundo informações do Fundo das Nações Unidas para a Infância – UNICEF e publicadas pela Organização das Nações Unidas – ONU não foram encontradas evidências de que a doença possa ser transmitida pelo leite materno. O artigo da Unicef Amamentar com segurança durante a pandemia de Covid-19 traz esclarecimentos para as dúvidas das lactantes e orienta os cuidados necessários para continuar amamentando mesmo quando a mãe ou filho estão com suspeitas da doença.

A amamentação deve continuar em tempos de pandemia, considerando os devidos cuidados. O Portal de boas práticas da Fiocruz divulgou dados do Ministério da Saúde, da Sociedade Brasileira de Pediatria e da Rede Brasileira de Leite Humano para informar, esclarecer e tranquilizar a sociedade.

Mas qual o recomendado versus qual a média de meses/anos em que os bebês são amamentados no Brasil? A quarentena ajudou a prolongar o período de aleitamento (exclusivo ou não)? Como estão os bancos de leite no período da pandemia?  As respostas para estas perguntas podem ser conferidas na parte 2 do artigo.

 

Autores:  Ana Carolina, Jéssica Assunção e Rodrigo Araújo e Castro

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